Médicos citados em pedido de internações à força pedem para deixar lista da Prefeitura de SP

Profissionais procuraram o Conselho Regional e disseram que não foram procurados pela gestão João Doria; eles são citados como profissionais que fariam a avaliação dos dependentes.

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Médicos citados no pedido de internação forçada de usuários de drogas feito à Justiça pela gestão João Doria (PSDB) afirmam que não foram consultados pela prefeitura e que não concordam com a política de internação compulsória, segundo o Bom Dia São Paulo.

O Conselho Regional de Medicina (Cremesp) afirma que foi procurado por médicos que pedem que nomes sejam retirados da lista feita pela prefeitura onde constam como profissionais que seriam encarregados de avaliar se os dependentes químicos precisam de internação.

O presidente do Cremesp, Mauro Gomes Aranha, afirma que vários desses profissionais não foram avisados pela prefeitura e ficaram surpresos de ser arrolados como avaliadores. “Eles têm uma objeção de consciência de achar que isso não é correto e que eles não são obrigados a fazer essa avaliação. Isso consta como um direito do médico no Código de Ética Médica”, diz.

Além disso, segundo Aranha, eles correm o risco de ter que responder a um inquérito, a uma sindicância, se não respeitarem o livre arbítrio de um paciente, que pode desejar nem sequer ser avaliado compulsoriamente.

A equipe de reportagem do Bom Dia São Paulo procurou a prefeitura sobre a queixa dos médicos e aguarda um posicionamento.

Operação

A nova fase de ações na Cracolândia começou no domingo, com uma ação policial que prendeu 53 suspeitos de tráfico de drogas e desocupou prédios e vias da região da Luz, no Centro de São Paulo. Os usuários se dispersaram, no entanto, e a Cracolândia se expandiu para pelo menos 7 bairros, segundo o Ministério Público de São Paulo. Um dos pontos de grande concentração é a Praça Princesa Isabel, a poucas quadras do antigo foco da Cracolândia.

A prefeitura e o governo de São Paulo estudam agora novas ações para dar andamento ao programa Redenção.

Fonte: G1

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