Sobe para 21 o número de mortes por febre amarela no estado de SP

Desde janeiro de 2017 foram confirmados 40 casos de febre amarela no estado, sendo que 21 resultaram em morte, segundo Secretaria Estadual da Saúde.

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Subiu para 21 o número de mortes por febre amarela silvestre no estado de São Paulo, segundo dados divulgados na manhã desta sexta-feira (12) pela Secretaria Estadual da Saúde. Até quinta-feira (11), o estado contabilizava 13 mortes de pessoas que contraíram o vírus.

Também foram confirmados 40 casos autóctones (quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas) de febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Antes, 29 casos tinham sido confirmados. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

De acordo com o governo estadual, os locais de infecção que resultaram em morte ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista.

Os demais casos autóctones, onde não foram registradas mortes, tiveram como locais de infecção os municípios de Águas da Prata, Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Caieiras, Campinas, Itatiba, Jundiaí, Mairiporã, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Santa Cruz do Rio Pardo e Tuiti.

Entre julho de 2016 e janeiro deste ano há registro de 2.491 primatas (macacos, bugios e outras espécies) mortos ou doentes. Desses, 617 animais estavam contaminados pela febre amarela. A comprovação foi feita por meio de análise laboratorial pelo Instituto Adolfo Lutz, sendo 61,5% dos primatas mortos estavam na região de Campinas.

Febre amarela (Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte G1)

Vacinação

No dia 3 de fevereiro, uma campanha de vacinação terá início em 53 cidades do estado de São Paulo, com a dose fracionada da vacina – tão efetiva quanto a dose normal, mas que protege por até 8 anos a pessoa vacinada. A meta é imunizar 6,3 milhões de pessoas – 2,5 milhões só na cidade de São Paulo.

dose da vacina será dividida para ampliar a imunização. A ideia é aplicar a dose concentrada nas áreas de risco (bairros próximos aos parques onde foram localizados macacos mortos com o vírus da febre amarela) e a fracionada nas demais regiões do estado.

A vacinação irá começar nos lugares onde o vírus está circulando, mas o objetivo é que, em um ano, atinja todo o estado. Para isso, será feita em etapas.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, em 2017 foram vacinadas 7 milhões de pessoas no estado, o que representa praticamente o dobro do número de imunizados ao longo dos dez anos anteriores.

Desde que a Secretaria Estadual da Saúde anunciou a ampliação da campanha de vacinação e a imunização com a dose fracionada, os postos de saúde da cidade de São Paulo e região metropolitana estão com longas filas de pessoas que querem tomar a dose completa da vacina.

De acordo com orientação do governo, as pessoas que residem em áreas sem a presença do vírus da febre amarela e que não irão viajar para áreas consideradas de risco nas próximas semanas devem aguardar o início da campanha para receberem a vacina. Quem já tomou a vacina não precisa receber uma segunda dose.

As pessoas ainda não imunizadas que forem viajar para áreas de risco ou para países que exigem vacinação contra a febre amarela devem tomar uma dose dez dias antes do deslocamento. Quem for viajar para áreas que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, o CIVP, devem tomar a dose inteira da vacina da febre amarela (0,5 ml) — e não a dose fracionada, de 0,1 ml, que será aplicada em algumas regiões do país. O certificado de vacinas é emitido pela Anvisa e comprova a vacinação contra doenças.

Febre amarela: 91% da população de Jundiaí já está imunizada; vacinação continua (Foto: Divulgação)Febre amarela: 91% da população de Jundiaí já está imunizada; vacinação continua (Foto: Divulgação)

Febre amarela: 91% da população de Jundiaí já está imunizada; vacinação continua (Foto: Divulgação)

Parques

Após ficar mais de dois meses fechado, o Parque Horto Florestal e o Parque da Cantareira, na região do Tremembé, na Zona Norte de São Paulo, foram reabertos nesta quarta-feira (10). O Parque Ecológico Tietê, na Zona Leste, também foi reaberto no mesmo dia.

Os locais foram estavam fechados desde o ano passado como uma ação preventiva contra a febre amarela após macacos que contraíram a doença terem sido encontrados mortos.

Todos os frequentadores desses parques deverão estar vacinados contra a febre amarela para poderem frequentar os locais. Avisos estarão fixados nas entradas dos parques avisando os visitantes sobre a exigência. Mais de 1 milhão de pessoas foram vacinadas nessas regiões.

Outros 23 parques municipais permanecem fechados e não há informação de quando serão reabertos ao público.

 Veja lista de parques fechados e parques reabertos  após casos de febre amarela em SP (Foto: Fernanda Garrafiel/G1)
Fonte G1

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