Estudo lista as dez piores calçadas da cidade de São Paulo

Levantamento foi feito a partir de denúncias da população e focou em vias que compõem rotas estratégicas. Ou seja, ruas e avenidas com grande movimentação de pedestres.

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Um estudo promovido pela ONG Corrida Amiga, de São Paulo, listou as dez piores calçadas da cidade do ponto de vista de condição de mobilidade para os pedestres. A análise focou em ruas e avenidas das chamadas rotas estratégicas, que dão acesso a hospitais, escolas ou outros equipamentos públicos e, consequentemente, recebem um maior fluxo de pessoas.

Segundo o estudo, as piores condições foram encontradas nas seguintes vias:

  • Avenida São João, no Centro;
  • Rua Bom Pastor, no Ipiranga;
  • Rua Guaraiúva, em Cidade Monções;
  • Avenida Doutor Arnaldo, em Pinheiros;
  • Rua Pio XII, na Liberdade;
  • Ponte Cidade Universitária, no Butantã;
  • Rua Heitor Penteado, no Sumaré;
  • Ponte do Jaguaré;
  • Avenida da Liberdade, na Liberdade;
  • Avenida Doutor Abrahão Ribeiro, no Bom Retiro.

Mapa mostra localização das ruas com calçadas precárias, segundo ONG (Foto: Editoria de Arte/G1)Mapa mostra localização das ruas com calçadas precárias, segundo ONG (Foto: Editoria de Arte/G1)

Mapa mostra localização das ruas com calçadas precárias, segundo ONG (Foto: Editoria de Arte/G1)

O top 10 foi definido sem estabelecer um ranqueamento entre as vias. O levantamento foi feito a partir de uma fiscalização realizada pela população, que enviou, por meio de um aplicativo para celulares, quase mil denúncias de problemas em calçadas apenas durante o mês de abril – período em que durou a campanha, batizada de “Calçada Cilada”.

Os pedestres denunciaram irregularidades de todo tipo. As mais citadas foram:

  • Existência de desníveis;
  • Falta de rampa de acessibilidade;
  • Própria inexistência do passeio;
  • Buracos;
  • Ausência de faixa de pedestres.

“O caminhar é uma rede, assim como a rede de transporte. Não adianta a calçada ser boa e não ter faixa de pedestre ou semáforo, por exemplo”, afirma Sílvia Stuchi, coordenadora do projeto.

As dez calçadas apontadas como as mais problemáticas da capital compõem rotas estratégicas, que foram definidas por lei em 2008, sob a gestão de Gilberto Kassab (ex-DEM, atualmente no PSD), com a criação do Plano Emergencial de Calçadas. “A gente buscou focar nessas rotas estratégicas porque elas são de responsabilidade da Prefeitura”, conta Sílvia.

O Plano Emergencial de Calçadas previa o reparo, por parte da Prefeitura, de diversas calçadas da cidade que registram grande movimentação de pedestres. Após a reforma, que até hoje não foi concluída integralmente, caberia aos proprietários de imóveis das vias manter os passeios “sempre em perfeito estado de preservação”, conforme a lei. O poder público ficaria encarregado, então, de fiscalizar essa manutenção.

Em nota, a Prefeitura informou que, só neste ano, aplicou 1.169 multas relacionadas à má conservação de calçadas. O valor da multa é de R$ 427,07 por metro quadrado linear. A administração municipal ainda diz promover, semanalmente, o Mutirão Mario Covas, “que consiste na reforma de calçadas dos equipamentos públicos da cidade, especialmente na periferia”. A ação ocorre todos os domingos.

Estatuto do Pedestre

O prefeito João Doria também sancionou, no último dia 13, o Estatuto do Pedestre. O documento, de autoria do vereador Police Neto (PSD), coloca o pedestre no foco da política de mobilidade da cidade, prevendo intervenções como a melhoria da iluminação das calçadas e o aumento de tempo de travessia nos semáforos.

De acordo com o levantamento do Infosiga, banco de dados do governo estadual, o atropelamento foi a causa de morte mais recorrente no trânsito da cidade em maio. Foram ao menos 47 acidentes do tipo – uma alta de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o quarto mês seguido em que o órgão registrou aumento no número de pedestres vitimados.

Fonte: G1

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