rasileiros preferem doadores de sêmen com olhos azuis, segundo dados de documento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Eles representaram mais da metade das importações de sêmen (52%) entre 2014 e 2016. Em segundo lugar, ficaram olhos castanhos (24%), seguida da cor verde (13%).
Sobre a origem étnica dos doadores, a maioria solicitada por brasileiros é de brancos causasianos (95%). Depois, seguem-se pedidos de origem asiática (21%), latina (18%), e “multiétnicos” (15%).
A importação de amostras de origem negra não apresentou relevância estatística com a Anvisa indicando o pedido de apenas 2 importações.
Ainda, a importação de sêmen cresceu 2500% entre 2011 e 2016 no País. Um dado inédito foi a observação do crescimento de importações entre casais de mulheres (279%), seguido pelo grupo de mulheres solteiras (114%) e por casais heterossexuais, em 85%.
Os números são do primeiro “Relatório de Importação de Amostras Seminais para uso em Reprodução Humana Assistida”, divulgado pela Anvisa nesta quarta-feira (9).
O documento apresenta um perfil das importações de sêmen no Brasil e, segundo a agência, tem o objetivo de aperfeiçoar as políticas de reprodução humana assistida no País.
Sobre a distribuição regional, entre de 2014 a 2016, a Anvisa autorizou a importação de 1.011 amostras. Dessas, 79% foram para bancos do sudeste, 10% para região sul, 6% para o nordeste e 5% aos bancos da região centro-oeste. A maioria dos bancos de sêmen estão em São Paulo: são 47 bancos.
Regulação
No Brasil, não há lei específica que regule a reprodução humana assistida. A Lei de Biossegurança, de 2005, regula apenas a pesquisa e terapias com a utilização de células-tronco embrionárias.
Há alguns dispositivos normativos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina. Já a Anvisa, regula aspectos sanitários, como a padronização de técnicas laboratoriais e a fiscalização periódica de requisitos sanitários.